Eliminado pelo Galvez (AC) no final de semana da Copa Verde, os torcedores do Nacional ao término da partida, revoltados com mais um fracasso da equipe no cenário nacional, xingaram os jogadores, membros da comissão técnica, e nem mesmo o recém chegado treinador, Arthur Bernardes, escapou da fúria da torcida, na primeira competição do Naça esse ano.
O SPORTS MANAUS procurou o presidente do Nacional, Roberto Peggy, para saber sua opinião sobre o episódio causado por torcedores. Perguntado se haveria alguma restrição da presença do torcedor, principalmente nos treinos no CT Barbosa Filho, como ocorreu no ano passado, ele disse que não pensa em nada disso.
– Não sou presidente de proibir acesso, fechar portão, jogar com portões fechados por causa da torcida de forma alguma. Nós temos que mostrar resultados dentro de campo. Acho que os torcedores são responsáveis pelos atos, apesar de muitas estarem alterados alcoolicamente – contou, mas alertou sobre o direito democrático de acompanhar o clube, porém, quem cometer infrações está sujeito as questões judiciais e até de polícia.
– Aqueles que cometerem infrações, o Ministério Público está alerta, a polícia também, enfim, as pessoas ofendidas podem reivindicar seus direitos. Cada um tem que ser responsável pelas suas atitudes, porém, blindar, fechar, praticar retaliação contra a torcida, isso não é genérico, pois não foi toda torcida que tomou a atitude, mas um e outro caso de alguém que se excedeu. Não posso punir a maioria por isso.
Segundo o dirigente azulino, o jogo do Nacional na cidade de Manacapuru, foi resultado de uma atitude isolada de um torcedor, punido pelo STJD na mesma competição, mas que pode ficar mais complicado pelos excessos ocasionados pela torcida.
– Acho que vamos ser punidos de novo com o mando de campo e pegar uma multa de R$ 15 a 25 mil. Sem contar o fator da reincidência, que pode gerar punições mais graves, porque mais uma vez tivemos problemas no jogo da Copa Verde – explicou, mas lamentou profundamente o ataque direto ao novo treinador, Arthur Bernardes.
– O Arthur é um treinador que estava na frente do time há seis dias. Não dá para crucificar alguém que veio para resolver um problema da falta de treinador. Essa questão de atacar diretamente ele, antes de ser técnico, ele é cidadão. Se ele conseguir identificar alguém por meio de imagem ou por alguém, como cidadão tem todo direito de processar e pedir danos morais numa situação dessas, porque ele se sentiu muito ofendido.
De acordo com Roberto Peggy, o treinador Arthur Bernardes, tem agora um tempo maior para fazer a preparação e reforçar a equipe, pois a meta é garantir o calendário do clube em 2018, independentemente de ser campeão ou vice no Campeonato Amazonense da Série A, que inicia dia 14 de março.