Depois do acesso, após seis anos ausente da elite do futebol amazonense, o ex-diretor de futebol do CDC Manicoré, Mozart Carlos, um dos responsáveis por pelo feito, foi sondado pela diretoria do São Raimundo para compor a equipe na próxima temporada, mas depois acabou não acertando sua ida ao Tufão da Colina.
O ex-dirigente do time Bacurau, afirmou não ter havido um acordo, pois o clube esta se reestruturando para próxima temporada. Para ele, seus planos eram mais ousados em relação da diretoria do São Raimundo.
– Fui procurado uma semana antes da decisão, porém por ética, pedi para conversar após o jogo final. Reunimo-nos algumas vezes, acertamos salário, entre outros detalhes e indiquei o Marcos Pitter, com treinador. O São Raimundo passa por um momento de reconstrução e minha vinda chegaria com certa ousadia, e eles no momento preferem cautela – disse, mais ainda acrescentou.
– Para ter uma ideia, fechamos 12 meses de contrato. A única imposição que fiz foi trabalhar também a base. O São Raimundo foi grande quando tinha uma base de jogadores amazonenses, inclusive muitos oriundos das categorias inferiores. Não pedi nada demais. Talvez essa tenha sido a grande razão de não fechar, mais não digo que estejam errados, pois brincaram com time, o exemplo disso foi o que fizeram no primeiro semestre.
Sem retorno
Sobre seu possível retorno ao CDC Manicoré, Mozart Carlos, afirmou que pode se algo bem difícil, principalmente pela filosofia de trabalho de alguns responsáveis do clube.
– Após saber que não ficaria no São Raimundo, o presidente me ligou. Voltamos a conversar, mais muita coisa teria que mudar. Não se pode trabalhar de forma amadora, pois precisamos de gestores. Chega de ‘arrumadinho’, de velhos que não produzem nada ou que produzem as mesmas ideias há 30 anos – reclamou.
Propostas
Com passagem pelo Fast Clube na base e profissional como preparador físico, inclusive sendo campeão com Tricolor de Aço ano passado, depois de 43 anos, o dirigente admitiu um convite da diretoria do Tricolor de Aço para seu retorno na próxima temporada.
– A primeira proposta oficial foi do Fast Clube, onde nos reunimos várias vezes, depois do São Raimundo. Além disso, teve também uma equipe do interior do Estado, porém essa última só especulação e nada oficial. Isso pode parecer super valorização, e disso não preciso, pois quero apenas trabalhar – argumentou, mas sobre um possível retorno para atuar na base, considera muito difícil.
– Defasada, sem ninguém com competência para tal função e não temos gestores. Temos curiosos que se auto intitulam profissionais da área, aliás, quando estava na sala da diretoria do São Raimundo, um desses curiosos se ofereceu para trabalhar de graça, ou seja, quando não são os aproveitadores que aparecem por essas bandas são bobalhões que querem mídia, ter status de diretor de alguma coisa, enfim, querem poder, sem ter recursos e sem mandar em nada. Pura utopia – lamentou.