Com um total de 19 títulos conquistados no futebol amazonense de base, o treinador Darlan Borges comandou o Fast Clube na conquista do tricampeonato diante do Rio Negro, pelo Campeonato Amazonense júnior, na última sexta-feira (8/9), mas o que poderia ser um momento de alegria e comemoração, se transformou em um grande desabafo e até de revolta por parte do treinador.
No final da partida, Darlan aproveitou para reclamar falta de apoio por parte da diretoria durante a caminhada do Tricolor de Aço na conquista do Estadual na categoria. Segundo ele, houve dirigentes até que ficou torcendo contra o êxito da equipe na final do campeonato
– Teve gente até da diretoria do Fast contra. Não quero citar nomes, mas tinha gente dentro da clube sendo contra, atrapalhando nosso trabalho, mas eu gosto quando está assim, todo mundo contra, todos os times contra, a federação contra, a arbitragem contra, um pênalti inexistente. Eu gosto assim, porque eles me motivam mais ainda – disse e ainda completou sobre sua situação.
– Estou sozinho, se tiver apoio tudo bem, mas se não tiver, eu não sei o que vai ser daqui pra frente, eu não sei. O Ribamar é outro que estava sozinho no Rio Negro, ele foi um guerreiro do outro lado. Nosso futebol é muito difícil.
Teve apoio
A redação do SPORTSMANAUS conversou com diretor de futebol do Fast, Thiago Durante, que rebateu as críticas do treinador e foi categórico ao afirmar que a diretoria deu total apoio.
– Acho estranho, porque o campo de treinamento para treinar é da Ulbra, parceria do Fast e que a diretoria colocou 100% a disposição dele, as bolas de treinamento foram todas que o Fast deu, o uniforme de jogo e treinamento, tudo isso foi a diretoria e o Fast que concedeu para que ele tivesse a estrutura de treinamento. Inclusive, até a contratação que ele pediu do coordenador técnico, João Carlos Cavalo, foi uma costura da diretoria para que ele voltasse a trabalhar, pois ele tinha se desligado do profissional há pouco tempo. A diretoria dá sim apoio – explicou.
De acordo com dirigente do Tricolor de Aço, não tinha como a diretoria deixar de apoiar o trabalho do treinador, sabendo que o título garantia a vaga na Copa São Paulo. Para isso, depois da conquista, houve até uma premiação aos jogadores nos vestiários. Ele afirmou que tudo é questão de conversa, mas se não houver entendimento cada lado deve seguir seu caminho.
– Nós levamos um bicho de premiação pela conquista de mais de R$ 2 mil para que os atletas pudessem dividir. É uma quantia que parece baixa, mas para jogador de base é muito relevante, haja visto que eles não tem salário. Vamos conversar para ver o que houve, se realmente ele deu essa declaração. Temos que chegar a um denominador comum, se não chegar, que cada um procure seu lado, procure ser feliz onde achar melhor para realizar seu trabalho.