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EXCLUSIVO: supervisor de competições de futebol feminino da CBF e delegado da Conmebol destaca evolução da categoria

Com mais de 30 anos de experiência no futebol feminino, Romeu Carvalho de Castro, 50 anos, tem vivencia de sobra para comandar o integrar o corpo de gestores categoria na CBF. O dirigente é responsável pelas competições nacionais da categoria, além de atuar como delegado na Conmebol em competições de futebol masculino e feminino. Romeu de Castro, formado em Educação Física e Comunicação Social, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, se especializou também nos Estados Unidos, pela National American University. Natural de São Caetano do Sul, no interior de São Paulo, ele começou aos 15 anos sua trajetória no futebol feminino, sendo um dos pioneiros do futebol feminino brasileiro, onde comandou a lendária equipe do Saad EC, passando ainda pelo Guarani, São Paulo e Palmeiras. Foi um dos coordenadores da Seleção Brasileira Feminina em 1988, no primeiro mundial experimental da FIFA, na China, além de gestor e chefe de delegação da Amarelinha em diversas oportunidades, como nos Jogos Olímpicos de Atlanta e no Mundial Sub-20 do Canadá. Com passagem pelo Ministério dos Esportes, Romeu Castro destacou ao SPORTSMANAUS, um pouco do seu trabalho, os projetos, sua visão sobre a categoria, das equipes amazonenses do Iranduba e 3B no cenário nacional, entre outros assuntos da modalidade.

SPORTSMANAUS – Como o senhor analisa o atual momento do futebol brasileiro feminino?

ROMEU CASTRO – O momento do futebol brasileiro feminino é de grande expansão. O Brasil vem se desenvolvendo rapidamente desde 2017, com a implantação do Brasileirão nas Séries A1 e A2, com calendários mais longos. No início de 2017 tivemos cerca de 30 jogadoras profissionais no país, nesses últimos 10 meses ampliamos para mais de 180 atletas, porque a disputa pelas jogadoras é muito grande, o que vai melhorando as condições de trabalho e aumenta o investimento dos clubes. Agora com a nova política de licenciamento dos clubes de futebol profissional masculino, em que todos os times da Série A1 do Campeonato Brasileiro para 2019 serão obrigados a contar com equipes de futebol feminino regularmente registradas nas suas federações e disputando campeonatos, constatamos o aquecimento mercado e a disputa pelas craques e jovens talentos do País. O momento do futebol feminino do Brasil é de expansão a nível das competições domésticas.

SPORTSMANAUS – Durante esse tempo no departamento de futebol feminino da CBF, o senhor conseguiu colocar em prática suas metas e planos?

ROMEU CASTRO – Estou agora iniciando meu sétimo mês de gestão na CBF. Digo que sim, estou bastante satisfeito com os avanços até o momento. Os planos eram para uma otimização do Campeonato Brasileiro, passando pela manutenção do suporte financeiro aos clubes. Como é de conhecimento do público, não foi renovado o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, mas conseguimos contar com a sensibilidade da Diretoria a CBF, que entendeu que era necessário manter o aporte à modalidade. Em 2018, os clubes contam exatamente com o mesmo suporte financeiro e de logística que tiveram ano passado, quando havia o patrocínio da Caixa. A Diretoria da CBF, através do Presidente Nunes e do Presidente eleito Rogério Caboclo, decidiram assumir esse ônus, numa atitude essêncial para o desenvolvimento da modalidade.  Importante citar também a visão do nosso Diretor de Competições, Manoel Flores, que além de participação ativa nestas conquistas, compartilhou da visão que determinou que as equipes utilizem cada vez mais os seus estádios oficiais também para o futebol de mulheres, o que proporciona uma sensação real de profissionalismo para as jogadoras, que se sentem melhor prestigiadas e respeitadas. Temos observado também a necessidade de amparo estrutural para meninas, onde existia a necessidade de planos de saúde privados para garantir a integridade das praticantes da modalidade em alto rendimento, com os clubes assumindo o seu papel e cuidados com todo processo de cuidados médicos, tanto para as atletas amadoras como para as profissionais.  

SPORTSMANAUS – Quais são as maiores dificuldades que o senhor encontra no comando da categoria em âmbito nacional?

ROMEU CASTRO – A administração da CBF tem sido muito sensível as questões do futebol feminino, nos deram pleno apoio. Não tenho tido nenhum tipo de dificuldade no comando da categoria. O que posso citar com uma dificuldade comum, como todo esporte feminino no Brasil, não apenas o futebol é a falta de investimento, de interesse das grandes empresas, de muitos empresários no fomento ao esporte feminino. Isso é uma situação que precisa mudar. Países mais desenvolvidos que o Brasil, tem essa preocupação, inclusive social no destino de verbas, de publicidades e patrocínios, pois falta essa sensibilidade ao país, porque o esporte feminino tem muito talento, mas ainda muito pouco recurso se for comparar com a realidade que se encontra a outros esportes masculinos. O esporre feminino clama por uma justiça maior, por uma responsabilidade dos empresários, dos agentes de marketing na hora de destinar recursos e lembrarem que a mulher é consumidora e merece respeito também na destinação de verbas.  

SPORTSMANAUS – Como dirigente do futebol feminino na CBF, o que ainda falta realizar no departamento para massificar a categoria?

ROMEU CASTRO – Na verdade nosso momento é trabalhar a estruturação, fortalecer os clubes já existentes e pioneiros, e zelar para que as novas equipes que chegaram agora ou retornam de períodos de inatividade, venham com uma estrutura financeira adequada e com boas instalações, que realmente supram todas as necessidades para um futebol de alto nível. A minha preocupação está voltada para as consolidações das estruturas existentes, pois vivemos em um país de dimensões continentais. Por exemplo, a Arena da Amazônia em Manaus, está sendo um grande catalizador para o crescimento do futebol feminino, o que poderia ser copiado por outros estados que ainda não investem na modalidade, e receberam Arenas possuem períodos de pouca utilização. A Arena da Amazônia virou a casa do Iranduba, atraindo público superiores a 25 mil pessoas. Sobre massificação, creio ser uma tema a ser construído por ações governamentais, pois na CBF cuidados já do alto rendimento.

SPORTSMANAUS – A CBF realizava a Copa do Brasil, mas atualmente promove o Campeonato Brasileiro Feminino A1 e A2. Qual a importância dessas competições no cenário nacional?

ROMEU CASTRO – A Copa do Brasil não existe mais, porque era uma competição de curtíssimo prazo, reunindo 32 equipes no total. A competição foi substituída pelas Séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, sendo que A1 tem 16 equipes participantes e A2 começa com 26 na fase Classificatória ou Seletiva. Ao invés de movimentar apenas 32 clubes, e muitos deles por apenas 1 rodada, como antigamente na Copa do Brasil, hoje nós movimentamos 45 equipes. São os 16 times da A1 e mais 27 equipes na A-2; as 26 da seletiva mais o campeão ou melhor classificado de São Paulo, que entra direto. Destas, apenas 13 tem uma participação mínima de 01 (uma partida), pois as 16 da fase de grupos da A-2 jogam no mínimo sete jogos, e as 16 da A-1, no mínimo 14. Estou bastante orgulhoso do que estas competições representam no cenário nacional, e são importantíssimas para a revelação de um grande número de jogadoras todos os anos. Vale também citar o número de atletas que estão saindo do Brasil a cada temporada para jogar nas principais ligas do mundo, como Estados Unidos, Espanha, Itália e agora a China, que tem contratado bastante gente, inclusive treinadores como o Tchello; além de outros mercados tradicionais, como Coréia do Sul, Japão e Noruega. Enfim, o futebol feminino do Brasil é um grande celeiro de craques para o mercado internacional.

SPORTSMANAUS – A confederação pensa também realizar competições nacionais de base no futebol feminino para massificar ainda mais a categoria?

ROMEU CASTRO – Num país como Brasil, você não massifica por intermédio de competições nacionais, mas sim com a promoção de competições regionais. No período que passei pelo Ministério do Esporte, como diretor de futebol profissional e depois como Secretário Nacional, sucedendo o Rogério Hamam, outro grande incentivador do futebol de mulheres, cuidamos do processo de massificação, porque é uma responsabilidade do governo federal e dos municípios. A CBF não tem condições ou responsabilidade de fomento nessa escala. Tomamos um cuidado de estabelecer que só possuam acesso às competições nacionais, os estados nos quais a Federação local efetivamente promova o Campeonato Feminino regional. Ano passado, conseguimos que 26 federações das 27 que existem, promovessem as suas competições no feminino. No caso das categorias de base, estamos estuando como vai ser efetivado esse trabalho. Algumas Federações já estão cumprindo um papel fundamental para a base do Feminino, como as Federações Cearense, Paulista e Gaúcha. Ano passado, fizemos a CBF promoveu Competições de Base femininas no Sub-14 e Sub-16, como parte da Liga de Desenvolvimento da Conmebol.  Neste momento, estamos estudando o lançamento do Sub-18 ou Sub-20, talvez já para a próxima temporada.    

SPORTSMANAUS – Com a realização das competições pela CBF na categoria, isso pode alavancar na profissionalização do futebol feminino?

ROMEU CASTRO – O futebol feminino do Brasil já está em processo de profissionalização, só que existe uma situação de legislação que muita gente desconhece e acaba sendo um gargalo para modalidade. Muitas equipes, principalmente aquelas vinculadas às prefeituras, sobrevivem financeiramente através de projetos incentivados, e muitas jogadoras recebem o seu sustento ou ajuda de custo através de de programas como o bolsa atleta olímpico, o bolsa atleta nacional e outros programas similares,  mantidos pelo poder público municipal ou estadual. Muitos destes programas, incluindo a lei de incentivo, proíbem a destinação de recursos a esportes ou atletas profissionais. No futebol feminino, a nossas competição continua mantendo o status de não profissional. Não podemos ser irresponsáveis, e criar normas impositivas de profissionalização, que nos levem a perder equipes que já investem há mais de uma década na modalidade. Acho que o próprio mercado vai ser regulamentar através da livre demanda, como observamos neste momento em que vários clubes já estão profissionalizando as suas atletas, buscando acesso a novas fontes de recursos e patrocínios. Agora com a entrada dos grandes clubes pelo processo de licenciamento, certamente teremos uma injeção maior de capital neste novo mercado. 

SPORTSMANAUS – De acordo com a legislação, na qual exige que os clubes tenham suas equipes femininas, pode alavancar ainda mais a categoria no futebol brasileiro?

ROMEU CASTRO – São dois pontos da legislação que afetaram nos últimos anos diretamente o futebol feminino. O primeiro veio do Profut, que realmente se direcionou aos clubes de futebol e algumas outras entidades que tinham débitos bastante grandes na Receita Federal. O segundo ponto veio com a diretriz levantada pela FIFA, de exigir que os clubes mais ricos do mundo abrissem espaço para as mulheres no futebol, e que foi abraçada pela Conmebol e também encontrou eco na CBF. Temos uma situação, na qual o futebol feminino, a partir de 2019, passará por profunda transformação no nosso continente. Observe que todas as equipes que disputarem a Conmebol Sul-Americana e a Conmebol Libertadores terão a obrigação de manter duas equipes femininas em atividade constante: a principal adulta e uma categoria de base. Isso poderá mudar o mapa do futebol feminino, e muito. Aqui no Brasil vai trazer desenvolvimento, entrada de recursos, e uma melhora de oferta de estrutura para as jogadoras, não tenho dúvidas disso. Já temos 100% de adesão dos clubes do Brasil para essa norma, sem nenhuma contestação mais forte. Todos os grandes clubes estão se preparando para receber as mulheres no Futebol de alto rendimento!

SPORTSMANAUS – Como senhor define a participação do futebol amazonense no cenário nacional. O Iranduba da Amazônia ano passado chegou na semifinal do Brasileiro da Série A1, e o 3B foi eliminado na semifinal da A2, em sua primeira participação na competição?

ROMEU CASTRO – O Iranduba sem dúvida é a equipe que mais cresceu no futebol feminino brasileiro nessa década. A presença não apenas na semifinal do ano passado, mas também a belíssima participação na Liga Nacional de Futebol Feminino Sub-20, foi fantástica. O Iranduba fez um trabalho de muita competência, foi abraçado pela população do Amazonas, pelos meios de comunicação. Contratou meninas e gestores que vinham de muitas conquistas no sul do país. É um clube grande do futebol feminino brasileiro e que investe para disputar títulos. Para isso, fez uma bela parceria com o empresariado local, que viu uma chance de ter no futebol feminino uma forma de divulgar, não apenas produtos, como o próprio estado. O 3B também fez um projeto consistente, mas infelizmente não chegou ao acesso da A2. É um clube muito bem estruturado e contratou como símbolo uma medalhista olímpica, a Tânia Maranhão, uma veterana com títulos importantes no Brasil e no mundo. O Iranduba e o 3B tem tudo para se firmarem entre os grandes do futebol feminino brasileiro.

SPORTSMANAUS – O que representa a realização da Taça Libertadores Feminina, em Manaus?

ROMEU CASTRO – Representa o coroamento do trabalho do Iranduba, dessa paixão do torcedor pela equipe que orgulha todos os amazonenses no Campeonato Brasileiro, onde tem levado grandes públicos e merecido o apoio da mídia. Realmente, é um ponto que reafirma toda essa trajetória de conquistas até aqui. É uma chance de Manaus fazer uma campeã continental pela primeira vez na sua história no futebol. Acho que Manaus está abraçando essa competição não apenas para ser vista como mais uma edição comum da Libertadores Feminina. Todas as vezes que visitei a cidade e conversei com pessoas do poder público e com a direção do Iranduba, ouvi uma frase que me comoveu, e na qual aposto “não vai ser uma edição da Libertadores, mas sim a maior Libertadores Feminina da história”.

SPORTSMANAUS – A realização da Libertadores no Brasil pode ser positivo para dinamizar a categoria, em especial em Manaus?

ROMEU CASTRO – Vai dinamizar a categoria, a mídia toda vai estar acompanhando, sendo necessário que o Iranduba aproveite bem a Libertadores para captar novas atletas aí do Amazonas, pois o estado tem muito talento, não tenho dúvidas disso; fato que também pode ser bem aproveitado pelo 3B. Nos anos 80, o Amazonas teve a equipe do Sul América com atletas da terra, trabalho da pioneira Rosangela Ortiz, revelando jogadoras interessantíssimas, bem como outros estados do Norte também foram celeiro, como Rondônia, onde surgiu a Nenê, revelada por nós do Saad, juntamente com a Telma e a Danda. Do Pará veio a Cebola, uma das maiores atacantes da história do futebol feminino. O estado do Amazonas não é diferente, é necessário buscar nos recantos mais escondidos os talentos para que brilhem no futuro pelas equipes da casa.

SPORTSMANAUS – O futebol brasileiro feminino tem muitos talentos, inclusive que jogam fora do país. Realizar boas competições nacionais na categoria, ajuda revelar jogadores de qualidade para servir a Seleção Brasileira?

ROMEU CASTRO – Sim, obviamente competições fortes nacionais, constantes e com bons calendários são essenciais para que tenhamos uma evolução no nível das nossas jogadoras, para que essas meninas que aparecem nas competições nacionais, possam também defender a Seleção Brasileira. É essencial o crescimento das competições nacionais para refletir em novos valores para nossas seleções em todas as categorias. Trabalho bem iniciado pela Sport Promotion nos anos 90, em parceria com a CBF.

SPORTSMANAUS – Com país ainda vivendo uma crise e o futebol masculino ser a preferência do torcedor, o feminino ainda vai levar um tempo para ser uma verdadeira conquista e atenção em âmbito nacional?

ROMEU CASTRO – Na realidade, o futebol feminino vive ciclos no país. Nós tivemos momentos com a geração fantástica dos anos 80 e 90, de Radar, Juventus e Cruzeiro; e também com o Saad jogando no Mato Grosso do Sul ou no interior de São Paulo, onde se lotavam estádios e tínhamos ótimos índices de audiência na TV. O futebol feminino tem características próprias. Por exemplo, se analisarmos o estilo de jogo atual da seleção americana, temos um sistema ofensivo, com toque de bola rápido, no qual as jogadoras partem para para cima da marcação. Buscam a individualidade, tentam o drible se receios, enfim, elas jogam de maneira muito semelhante ao Brasil dos anos 80 e 90. O futebol feminino também tem que representar entretenimento para a população, com lances de gols e jogadas ofensivas bem trabalhadas; tem que haver liberdade de ação para os talentos. Um futebol feminino excessivamente defensivo não vai agradar ninguém, não faz parte da nossa característica, não é aquilo que fez o torcedor brasileiro se apaixonar pela modalidade. Não relaciono isso à crise do país, ou a questão dos parâmetros futebol masculino. Acho que é uma questão de momento, da geração e da própria identidade do futebol feminino. Certamente vai crescer muito, nós já temos no atual Campeonato Brasileiro equipes jogando bonito, para frente, demonstrando um futebol muito interessante. 

SPORTSMANAUS – A discriminação das mulheres em jogar futebol ainda prejudica o esporte e o processo de desenvolvimento da categoria?

ROMEU CASTRO – Havia muita discriminação nos anos 80, era um situação que não era fácil, porque tínhamos uma cultura extremamente machista no Brasil; onde se colocava o futebol como um símbolo de virilidade e masculinidade, além de instrumento de ascensão rápida ascensão social, obviamente que apenas para homens. Quando um Pai imaginava naquele período o futuro da sua criança como jogador de futebol, já estavam implícitas duas expectativas: Primeiro que em sendo jogador de futebol, o menino seria macho, viril, e jamais homossexual, porque futebol seria claramente para homens, neste imaginário popular. O segundo ponto, ditava que o menino certamente iria virar um grande astro e ficar rico, salvando o futuro financeiro da família. Hoje sabemos que as duas situações imaginadas na época, não são verdadeiras em muitos casos e sentidos, sendo realmente um tema rígido apenas no imaginário da população. As meninas da época eram exatamente o contra ponto destas percepções infundadas, e sofriam imensas barreiras para ocupar os gramados do País.  No Brasil de hoje, não vejo os pais tendo grandes objeções para que as filhas joguem futebol, pelo contrário, tem Pai que briga para filha disputar campeonatos masculinos, quando não existe o torneio feminino disponível em sua cidade ou região. Já tive contato com vários Pais que viveram essa situação e lutaram pelos direitos das filhas de praticar o futebol. A questão não é a discriminação na prática esportiva, mas sim a discriminação na distribuição de recursos. É definitivamente hora dos grandes investidores e patrocinadores lembrarem, que para que efetivemos o lema no qual o lugar da mulher é onde ela quiser, são necessários recursos direcionados para as atividades por elas escolhidas. Se as mulheres escolhem jogar futebol, merecem que ser apoiadas, pois sobra talento, vontade e garra!      

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