Ela atua no tribunal de justiça desde 2020 e atualmente é auditora titular do Pleno.
Foto: Ascom/TJDAM
Com apenas 31 anos, a Dra. Alexia Mariah da Silva Michiles, fez história ao ser a primeira mulher a presidir a sessão do Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-AM), no dia 7 de agosto. Na ocasião, a titular do Pleno foi convocada pelo presidente do tribunal, Dr. Edson Rosas Júnior para comandar uma pauta com seis processos de jogos, tais como do Campeonato Amazonense de futebol profissional, base e feminino, além do futsal, tanto masculino como feminino.
Graduada em direito e especialista em direito processual civil, a Dra. Alexia Michiles, que atua no TJD desde de 2020, afirmou que foi uma surpresa total naquele momento, porque o presidente do tribunal, precisou se ausentar da sessão.
– Não estava esperando naquele momento, e não percebi o real valor e importância de estar ali, até porque querendo ou não, o desporto ainda é predominantemente masculino e as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaços. Uma prova disso é a quantidade de mulheres trabalhando na justiça desportiva do Amazonas, onde temos uma comissão formada totalmente por mulheres – salientou ao SPORTS MANAUS, mas ainda frisou.
– O Dr. Edson sempre foi muito visionário em relação a isso, sempre tratou a gente com igualdade. Ele sempre prestou muita atenção em nosso potencial como profissional, independentemente se for mulher ou não. Eu agradeço de todo o meu coração a oportunidade e a confiança que ele teve e confiou na minha pessoa para presidir o Pleno – salientou a Dra. Alexia, que trabalha no Fórum Business, em parceria com outros advogados.
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Ainda comemorando o feito inédito, a auditora titular do Pleno, acredita que isso vai despertar o interesse de outras profissionais do direito para se enveredar na justiça desportiva, o que seria salutar em todos os sentidos.
– Sim, eu realmente acredito que o fato de eu estar ali pode ser muito representativo para uma outra mulher, e pode despertar o interesse de estar ali também atuando. Cerca de 70% do quantitativo de pessoas trabalhando no TJD são de mulheres e muitas delas estão atuando como auditoras, procuradoras e promotoras. Isso prova o incentivo, além do fato de realmente trabalhar em um lugar, em que somos tratadas como iguais, enfim, acredito que vai despertar esse interesse – completou Michiles.