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FUTEBOL AMAZONENSE

Novo presidente do Rio Negro, Jefferson Oliveira diz que realiza um sonho, mas quer conquistar novos sócios para o clube

Com apenas uma chapa inscrita, Jefferson Afonso César da Silva Oliveira, 55 anos, foi aclamado como novo presidente do Atlético Rio Negro Clube, para o mandato de três anos, na manhã deste sábado, 23/3. O evento ocorreu na sede do clube, na Avenida Epaminondas, no centro da cidade. Com 43 anos de serviços prestados ao Galo da Praça Saudade, ele é ex-atleta de handebol, e atualmente treinador das equipes femininas da modalidade, além de ter sido técnico no futebol profissional em 2004. Jefferson Oliveira, atualmente exercia o cargo de presidente do Conselho Deliberativo do clube.

Para o novo gestor do Rio Negro, que já foi dirigente e gerente ao longos de muito tempo, disse ao SportsManaus, que sempre teve na mente o desejo de assumir o cargo, mesmo sabendo que tem pela frente muitos problemas e desafios para vencer.

– Para mim é um sonho e desafio, porque quando pequenos enxergamos o clube de uma forma e não queremos que ele acabe. E hoje tudo vem à tona de retomar tudo aquilo que pensava. Nosso maior sonho é resgatar o Rio Negro em sua torcida, como equipe, mas principalmente na questão do futebol. O clube tem muita torcida, mas como não temos ainda um time de alto nível e de excelência, os torcedores não voltam, mas com certeza vamos mudar tudo isso – disse.

Com planejamento já definido, mas ainda que precisa de um tempo para colocar em prática, o novo presidente do Rio Negro, garante que tudo será feito para alavancar o clube em todos os sentidos, em especial sua sede social.

– É cedo ainda para fazer promessa, mas vamos trabalhar, e daqui há três meses vamos ter realmente a ideia e do projeto em andamento. Vamos começar de trazer novos sócios, resgatar a torcida, movimentar o clube novamente, a sede social, o parque aquático, o ginásio, enfim, tudo isso. O clube esportivo como o nosso tem que está aberto sábado, domingo e feriado para receber o associado – afirmou, mas ainda disse.

– A parte social não podemos esquecer, porque o Rio Negro é social, precisa ter isso, o esporte e a nossa sociedade é a nossa torcida. Acredito que o maior patrimônio do nosso clube em primeiro lugar é nosso associado, segundo a torcida e terceiro os atletas, onde eles fazem o nome do clube e precisamos preservar isso.

Dever cumprido

Natural de Humaitá, o professor do curso de Educação Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) há 43 anos, Tales Freire de Verçosa, de 67 anos, se confunde com a própria história do clube, pois sua família tem uma tradição na presidência, entre bisavo, avo e pai.

Depois de duas administrações na presidência do clube, Tales Verçosa, deixa o cargo com dever cumprido, pois seu objetivo ao assumir foi outro, quando se deparou com outra realidade de dividas e ações trabalhistas.

– Quando eu entrei, pensei em fazer uma coisa, mas quando vi a realidade do Rio Negro com uma dividas de R$ 6,8 milhão tive que mudar meu pensamento e comecei a trabalhar no sentido de pagar, porque senão iriamos perder a sede. Só para ter uma ideia tínhamos sete execuções na justiça do trabalho, fora as outras. Em 2016 tive um AVC, e aí me quebrou as pernas e tive que sobreviver para administrar o clube – contou, mas ainda destacou.

– Mas fiz muita coisa, paguei mais da metade das dívidas, e hoje o clube tem aproximadamente 1/3 terço das dívidas quitadas que encontrei, além de estar organizado. Não deixamos o futebol, tivemos grandes participações, inclusive nas categorias básicas, e espero que a torcida continue prestigiando, pois fiquei sem associados, porque no momento os que tem estão numa faixa acima de 60 anos.