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FUTEBOL AMAZONENSE

Sem patrocínio, presidente do Fast Clube-AM admite não disputar a Série D

Para quem bateu na trave ano passado no sonho do acesso à Série C, o Fast Clube corre o grande risco de ficar de fora do Campeonato Brasileiro da Série D deste ano. Faltando um mês para o início da competição, o Tricolor de Aço ainda busca o apoio de investidores e patrocinadores para a montagem do elenco e da comissão técnica. O Rolo Compressor estreia fora de casa com o Ypiranga-AP, e está no grupo A1, ao lado de Atlético-AC, Castanhal-PA, Galvez-AC, São Raimundo-RR, Penarol-AM e do vencedor da seletiva, entre Santana-AP e GAS-RR.

Preocupado com a situação do Fast, o presidente Denis Albuquerque, afirmou que está tentando conseguir um suporte financeiro para participar da Série D, mas se não conseguir até sexta-feira, deve desistir do campeonato.

– Infelizmente, existe a possibilidade sim do Fast não disputar a Série D. Como todos sabem, o clube está em dificuldade. O torcedor fica ‘metendo pau’ nas redes sociais, mas o torcedor não entende que tem uma conta a ser paga em contratar jogador, mas quem vai pagar essa conta? O Fast quase chegou no acesso ano passado, mas não tivemos apoio de nenhum órgão público municipal ou estadual. Fazendo um parâmetro da Série D passada, o Fast teria uma folha salarial de R$ 80 mil mensais – explicou ao SPORTS MANAUS, mas ainda citou.

– É muito fácil as pessoas criticarem, é muito fácil falar, mas as pessoas tem que entender que do outro lado tem pais de famílias que precisam receber. Enquanto eu estiver no clube, não serei irresponsável de fazer futebol e não pagar ninguém. Infelizmente, a situação é essa. A gente vai esperar até sexta-feira, para tomar essa decisão, e provavelmente se nada mudar no panorama, o Fast vai pedir a desistência da Série D também – finalizou.

Sem participar da reedição do Amazonense de 2020, no começo do ano, o dirigente do Tricolor de Aço, evitou a competição para se resguardar para a disputa da divisão de acesso. Segundo ele, a pandemia da Covid-19 deixou um cenário muito complicado para conseguir patrocinadores.

– Não era um cenário que nós não imaginávamos, após aquele campeonato de 2020. Aproveito para pedir uma força para o nosso prefeito de Manaus, que é um grande desportista. De repente, ele possa nos ajudar nessa caminhada. O Fast ano passado bateu na trave sem apoio nenhum, talvez com esse apoio, se tivesse essa ajuda, nós pudéssemos formar um elenco de qualidade e buscar o acesso – salientou, mas afirmou que não se preocupa em uma possível punição da CBF, caso desista.

– Em relação a suspensão da CBF, eu não me preocupo com isso. Não adianta endividar o clube, não adianta o time não pagar o jogador e depois está com 20 ou 30 processos na justiça trabalhista. Infelizmente a realidade é essa. Eu não me preocupo, mesmo que tenha de punir o Fast de não participar da Série D, pois não serei irresponsável de colocar o time sem ter condições para isso – frisou Denis. 

 

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