Foto: Flávio Florido/UOL
Assisti, sábado passado, dia 23/3, o jogo do Brasil contra o Panamá. E posso assegurar que foi um jogo difícil, sendo difícil de assistir e difícil de acreditar.
Difícil de assistir, porque mesmo nos seus piores momentos nunca havia visto uma seleção tão deficiente. Difícil de acreditar, porque o oponente, em que pese a sua gana, sua vontade e sua determinação, nunca foi uma ameaça ao nosso escrete.
Escrete que por sinal estava tão apático, que deixou o adversário ousasse partir para cima e, como diz certo narrador “gostar do jogo”. Confesso que nunca, pelo menos que me recorde, havia visto o Brasil assim, nunca tinha presenciado uma seleção mais desnorteada do que essa que vi naquele jogo.
Mais parecia uma orquestra tão desafinada, que a gente não sabia se era a composição fora do tom ou a seleção estava fora de “si”. Outros nem “lá” !!!
Se do lado de cá a apatia reinava, para o selecionado do Panamá não era apenas um jogo, mas uma batalha que deveria e só não foi vencida por conta da sorte dos defensores brasileiros e da pouca “intimidade dos panamenhos com a redonda”. É difícil dizer, mas o Panamá jogou melhor que o Brasil. Dentro das suas limitações, o país que tem o beisebol como esporte favorito, seguido do boxe foi melhor que o nosso tão aclamado “futebol campeão do mundo”.
Vimos um lampejo de seleção, lembrando formações anteriores com “Afonsos (por onde anda?), Leomares e alguns outros que como um raio apareceram e de igual modo sumiram.
E aí percebemos que o empate não foi um mau resultado. O país do futebol com quase 200 milhões de técnicos sucumbiu diante da pouca técnica dos guerreiros panamenhos. E quase sofre uma derrota quiçá acachapante!
Lembro que, em outras eras, quando desfilavam nos tapetes verdes de nossa nação craques como Rivelino, Clodoaldo, Zico, Falcão, Junior e mais recentemente Rivaldo e Cia., sem ser injusto com outros não citados, seleções ditas menores entravam em campo temendo não perder de muito e vitórias do Brasil por 2 a 0, eram consideradas vitórias do outro time, dada a fragilidade de tais elencos ou a força do nosso futebol. Muitas seleções que enfrentaram a nossa levaram cinco, seis ou mais gols, mas saíam satisfeitas com o resultado e jogadores aclamados como heróis por terem perdido de pouco.
E hoje, analisando o jogo friamente depois de ruminar aquele empate, dá para afirmar que não foi um mau resultado. Sim, foi um resultado não previsível, mas um resultado difícil. Assim como foi o jogo.
Como disse Carlos Cambria, um amigo do Panamá, que entende muito do esporte naquele país “Panamá haciendo historia. És increible.
Mas que foi um jogo difícil, isso foi.
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Jonas Santana Filho
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