Manaus é um município brasileiro, capital do estado do Amazonas e o principal centro financeiro, corporativo e econômico da Região Norte do Brasil. É uma cidade histórica e portuária, localizada no centro da maior floresta tropical do mundo. Situa-se na confluência dos rios Negro e Solimões, sendo uma das cidades brasileiras mais conhecidas mundialmente, principalmente pelo seu potencial turístico e pelo ecoturismo, o que faz de Manaus o décimo maior destino de turistas no Brasil. Pertence à mesorregião do Centro Amazonense e à microrregião homônima, e destaca-se pelo seu patrimônio arquitetônico e cultural, com notáveis museus, teatros, templos, palácios e bibliotecas. Está localizada no extremo norte do país, a 3 490 quilômetros da capital nacional, Brasília.
É a cidade mais populosa do Amazonas e da Amazônia, com uma população de quase 2,1 milhões de habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2016. Em nível nacional, se coloca como a sétima mais populosa do Brasil, além da 131ª mais populosa do mundo. É sede da Região Metropolitana de Manaus, a mais populosa da Região Norte do país e a décima-primeira mais populosa do Brasil, com 2 568 817 habitantes, representando 1,22% da população total brasileira. Apesar de registrar uma das maiores economias do país e ser um de seus municípios mais populosos, Manaus possui um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as capitais brasileiras, com 0,737 pontos (considerado alto), o que a coloca na 23ª colocação entre as capitais estaduais do país, à frente somente de outras quatro capitais. Em sua região metropolitana, o índice é ainda mais baixo, com 0,720 pontos, o menor resultado entre as 16 principais regiões metropolitanas brasileiras.
Originalmente fundada em 1669 pelos portugueses com o forte de São José do Rio Negro, foi elevada à vila em 1832 com o nome de Manaos, em homenagem à nação indígena dos manaós, sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual. Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha, atraindo investimentos estrangeiros e imigrantes de algumas partes do mundo, sobretudo franceses. Nessa época foi batizada como “Coração da Amazônia” e “Cidade da Floresta”. Atualmente seu principal motor econômico é a Zona Franca de Manaus.
Com a sexta maior economia do Brasil, a cidade aumentou gradativamente a sua participação na composição da setor econômico brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia brasileira. No ranking da revista América Economía, Manaus aparece como uma das 30 melhores cidades no ramo de negócios da América Latina, ficando à frente de capitais de países sul-americanos como Caracas, Assunção e Quito. A capital foi uma das doze cidades-sede brasileiras da Copa do Mundo de 2014, assim como uma das cinco sub-sedes das Olimpíadas Rio 2016.
Etimologia
Manaus foi fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro, a sede da Capitania e a sede da Província foi estabelecida na margem esquerda do rio Negro.
A origem do nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitante da região dos rios Negro e Solimões. A grafia antiga da cidade preservava o “O” e acentuava a vogal precedente: “Manáos”. Na língua indígena, Manaus é a variação de Manaos, que significa Mãe dos Deuses. No século XIX a cidade chamava-se Barra do Rio Negro.
Ainda no passado, a palavra Manau era atribuída a uma das muitas tribos que habitaram o rio Negro. Os etnólogos afirmam que os índios Manaos são de origem aruaque. Outras formas de se escrever o nome da cidade também foram utilizadas. Em 1862, na edição da tipografia escrita por Francisco José da Silva Ramos, o nome da cidade aparece com a grafia Manáus (acentuando a letra A e substituindo a letra O por U). Porém, na última página da tipografia, está grafado Manaos, nome comumente usado pelos habitantes da cidade e historiadores. Em uma manchete denominada Notizie Interessanti sulla Província delle Amazzoni – nel nord Del Brasile (“Notícias interessantes sobre a Província das Amazonas – no norte do Brasil”), editada em Roma, em 1882, o nome da cidade está grafado Manaos repetidas vezes. O nome atual da cidade, Manaus, só foi grafado pela primeira vez em 1908, na tipografia do escritor Bertino de Miranda.
História
Antes de os europeus chegarem à Amazônia, no século XVI, eram numerosos os povos indígenas que habitavam a região. Estes dividiam-se em diferentes etnias, que se diferenciavam por suas línguas e costumes e dedicavam-se à pesca e à cultura da mandioca, promovendo um intenso comércio intertribal. Suas habitações eram amplas e arejadas, feitas de troncos de árvores e cobertas de palha. Dentre os povos que habitavam a região do atual rio Negro, três se destacavam pelo elevado número populacional e influência ante os conquistadores: os Manáos, os Barés e os Tarumãs. Os Manáos constituíam o grupo étnico indígena mais importante da região, onde habitavam as duas margens do rio Negro e possuindo população de cerca de 10 mil índios no século XVII, número avaliado após os primeiros violentos conflitos travados com os portugueses colonizadores.
Colonização europeia
A região onde atualmente se encontra o estado do Amazonas era parte integrante da Espanha, à época do descobrimento do Brasil pelos portugueses, entretanto foi ocupada e colonizada por Portugal. O período de povoação europeia na Amazônia inicia-se entre os anos de 1580 e 1640, época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, não havendo desrespeito oficial aos interesses espanhóis por parte dos portugueses quando penetraram na região amazônica. A ocupação do lugar onde se encontra hoje Manaus foi demorada devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata). Entre 1637 e 1639, o explorador português Pedro Teixeira partiu com uma expedição de Cametá até a cidade de Iquitos, no Peru, com a finalidade de tomar posse da região em nome do Império Português.
A primeira tentativa de ocupação da região de Manaus ocorreu em 1657, quando tropas de resgate comandadas pelo cabo Bento Miguel Parente saíram de São Luís acompanhadas de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. Durante algum tempo, a tropa fixou-se na foz do rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e, como de costume, rezada uma missa. Em 1658, outra tropa de resgate oriunda também do Maranhão chegou à região, procurando além dos nativos, as chamadas “drogas do sertão”. Os nativos tinham suas aldeias saqueadas pelos exploradores e os rebeldes que recusavam-se a serem escravizados eram mortos. O interesse em construir um forte na localidade surgiu apenas em 1668, quando o capitão Pedro da Costa Favela, caçador de índios, ao retornar ao Pará, convenceu o governador Antônio Alburquerque Coelho de Carvalho da necessidade tática de se guarnecer a região contra o assédio dos holandeses e espanhóis. A missão de construir um simulacro de fortaleza foi dada a Francisco da Mota Falcão, que recebeu o auxílio de Manuel da Mota Siqueira.
Assim sendo, a colonização europeia na região de Manaus começou em 1669, com uma fortaleza em pedra e barro, com quatro canhões. O Forte de São José da Barra do Rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa de Portugal na região, principalmente contra a invasão de holandeses, na época aquartelados onde hoje é o Suriname. O Forte situava-se próximo a foz do rio Negro e desempenhou sua missão durante 114 anos, sendo o capitão Angélico de Barros o seu primeiro comandante.
Em 3 de junho de 1542 o rio Negro foi descoberto por Francisco de Orellana, que lhe pôs o nome. A região onde se encontrava o Forte de São José da Barra do Rio Negro foi habitada primeiramente pelas tribos manaós, barés, banibas e passés, as quais ajudaram na construção do forte e passaram a morar em palhoças humildes nas proximidades do mesmo. A tribo dos “manáos” (na grafia antiga, atualmente mais conhecido como manaós), considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão de obra escrava e entrou em confronto com os colonizadores do forte. As lutas só cessaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos manaós através de casamentos com as filhas dos tuxauas, iniciando assim, à intensa miscigenação na região e dando origem aos caboclos. Um dos líderes da tribo dos manaós foi o indígena Ajuricaba, forte opositor da colonização dos portugueses e que apoiava, no entanto, os holandeses. A morte de Ajuricaba foi um grande mistério: Foi aprisionado e enviado ao Pará, tendo morrido no percuso da viagem.
Devido à colonização portuguesa, foi efetuado um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar os traços e obras históricas dos povos indígenas. Pode-se notar isso pela destruição do cemitério indígena, onde se encontra atualmente, a Praça Dom Pedro e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Gonçalves Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.
A população cresceu tanto que, para ajudar no catecismo, em 1695 os missionários (carmelitas, jesuítas e franciscanos) resolveram erguer uma capela próxima ao forte de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade. A Carta Régia de 3 de março de 1755 criou a Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (atual Barcelos), mas o governador Lobo D’Almada, temendo invasões espanholas, passou a sede novamente para o Lugar da Barra em 1791, por se localizar na confluência dos rios Negro e Solimões, que era um ponto estratégico. O Lugar da Barra perdeu seu status político-administrativo sob influência de D. Francisco de Souza Coutinho, capitão-geral do Grão Pará, que iniciou campanha contra a mudança de sede, o que levou a ser desfeito o ato através da Carta Régia de 22 de agosto de 1798 e, em maio de 1799, a sede voltou a Barcelos. Em consequência da perda de seu status, tornou-se inevitável a decadência do Lugar da Barra. Em outubro de 1807, o governador da Capitania, José Joaquim Victório da Costa, deixou Barcelos, transferindo a administração da Capitania definitivamente ao Lugar da Barra.
Elevação à vila
A partir de 29 de março de 1808, o Lugar da Barra voltaria a ser sede da Capitania de São José do Rio Negro, após proposta de dom Marcos de Noronha Brito ao penúltimo governador capitão de mar-e-guerra, José Joaquim Victório da Costa. Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou à categoria de vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei nº 145, da Assembleia Provincial Paraense, adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Em vista de a vila ter assumido foros de cidade, passou a ser chamada de Cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 5 de setembro de 1850, foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1.592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Seu primeiro presidente foi João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1 de janeiro de 1852, com o que sua situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública e o primeiro jornal foi fundado em 5 de setembro, chamando-se A Província do Amazonas. Outro periódico de destaque na cidade foi o Estrela do Amazonas, de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se, ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais.
Em 4 de setembro de 1856, pela Lei 68, já no decurso do segundo governo de Herculano Ferreira Pena, a Assembleia Provincial Amazonense deu-lhe o nome de Cidade de Manaus, em homenagem à nação indígena manaós.
A Cabanagem foi um movimento político e um conflito social ocorrido entre 1835 e 1840 no Pará, envolvendo homens livres e pobres, sobretudo indígenas e mestiços que se insurgiram contra a elite política local e tomaram o poder. A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas. Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas desbravaram todo o espaço do estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado.
Período áureo da borracha
No Rio de Janeiro, a República Federativa do Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A província do Amazonas passou a ser o estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos. A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada, e o Amazonas, como um dos principais produtores mundiais, orientou sua economia para atender à crescente demanda. Intensificou-se o processo de migração para Manaus de brasileiros de outras regiões, sobretudo nordestinos. De acordo com o censo de 1872, 2 199 estrangeiros imigraram para o Amazonas, atraídos pela produção da borracha, sendo que a maioria destes passou a viver em Manaus. Os imigrantes eram, principalmente, portugueses, ingleses, franceses, italianos e de outras regiões da América, gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas. Naquela época, o Nordeste brasileiro foi atingido pela “Grande Seca de 1877-1878”, que causou mais de um milhão de mortes, além de uma grande epidemia de cólera. Muitos nordestinos vieram para Manaus fugidos deste fenômeno, chegando ao local em grandes massas. Apesar do declínio da borracha no início do século XX, a cidade continuou a receber um notável número de imigrantes. O censo de 1920 registrou 9 963 habitantes estrangeiros no Amazonas, com a maior parte destes vivendo em Manaus. Japoneses, turcos e alemães foram registrados neste censo.
Em 1892, iniciou-se o governo de Eduardo Ribeiro, que teve um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento. Esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha. A cidade ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha iniciou os anos de 1900 com uma população acima de 50 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna. Na fase áurea da borracha, a cidade foi referência internacional das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública. O período áureo promoveu inúmeras ações nesta área, como a parceria com cientistas internacionais que culminou na erradicação da febre amarela, em 1913. No início do século XX, as ações de saneamento estiveram praticamente restritas a Manaus. A situação mudou após a criação do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que levou o saneamento para outras partes do Amazonas. A infraestrutura da época abrangia bases fixas de operação nas calhas dos principais rios e embarcações que percorriam as comunidades ribeirinhas. O auge do ciclo econômico levou à cidade as mesmas benfeitorias que chegavam ao Rio de Janeiro, a então capital federal. O desenvolvimento econômico proporcionou também grande circulação de ideias e permitiu o surgimento de um núcleo de médicos que estava a par das discussões científicas mais avançadas a respeito do combate às doenças tropicais. Escolas de medicina tropical recém-criadas, como as de Londres e Liverpool, na Inglaterra, enviaram missões frequentes para Manaus.
Em 1910, Manáos ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região. O desempenho do comércio manauense tornou-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente. Manáos, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulhou em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entraram em estado de abandono.
Período contemporâneo
Com a implantação da Zona Franca de Manaus na década de 1960, a cidade novamente ocupou lugar de destaque entre as principais do Brasil e da América Latina. Ao lado de Cuiabá, capital de Mato Grosso, é a capital que mais cresceu economicamente nos últimos quarenta anos, fato explicado principalmente pela implantação e desenvolvimento da Zona Franca de Manaus, que também atraiu milhares de migrantes que ocuparam de forma desordenada a periferia da cidade.
O Regime Militar no Brasil tinha como proposta ocupar uma região até então pouco povoada, com a justificativa de criar condições de rentabilidade econômica. A grandíssima expansão urbana e demográfica de Manaus na década de 1970 trouxe consequências positivas e negativas para o município, que viu-se obrigado a abrigar cada vez mais migrantes vindos de diversas regiões brasileiras e do interior do estado, atraídos por uma melhor qualidade de vida. Na questão ambiental, Manaus sofreu diversas ocupações irregulares em suas áreas verdes entre as décadas de 1970 e 1980, que originaram, por sua vez, grande parte dos bairros periféricos da zona urbana. Em 2006, verificou-se que o município já havia desmatado 22% de sua área urbana. Até meados da década de 1970, a população manauense concentrava-se, sobretudo, nas regiões sul, centro-sul, oeste e centro-oeste do município, havendo uma densa população vivendo às margens de igarapés. Como medida para desvirtuar as grandes ocupações irregulares de lotes em Manaus, o governo passou a criar loteamentos de terra regulares voltados para os migrantes que chegavam à cidade. Bairros como Cidade Nova, São José Operário e Armando Mendes surgiram desta iniciativa. Neste período, acentuaram-se as degradações ambientais, principalmente nas zonas leste e norte, uma vez que essas regiões da cidade sofreram os maiores impactos ambientais, poluição de rios e perda de biodiversidade e mata nativa nos últimos anos.
Em 1991, o município atingiu o total de um milhão de habitantes, sendo que 23 anos depois, em 2014, ultrapassou os dois milhões de habitantes. Configura-se atualmente na vigésima sexta cidade mais populosa da América e na sétima mais populosa do Brasil, abrigando mais da metade da população do Amazonas. Na questão econômica e educacional, está entre os cinco municípios brasileiros com participação acima de 0,5% no PIB do país que mais crescem economicamente, e abriga a universidade mais antiga do país, a Universidade Federal do Amazonas, fundada em 1909. Entretanto, apesar do crescimento de qualidade de vida registrado, a Região Metropolitana de Manaus (RMM), do qual o município é sede, possui o segundo pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as 16 principais metrópoles do Brasil, com 0,720 pontos, superior apenas à Região Metropolitana de São Luís.
Em 30 de maio de 2007, foi criada a Região Metropolitana de Manaus, através da Lei Estadual nº 52. Conforme a lei, Manaus foi definida como sede da região metropolitana, que passou a ser formada por outros sete municípios: Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. A Região Metropolitana de Manaus foi a segunda a ser criada na Região Norte brasileira, transformando-se na maior do país em área territorial, com seus 101 475 km².
Geografia
Manaus localiza-se na microrregião homônima e na Mesorregião do Centro Amazonense, na margem esquerda do Rio Negro, com uma área de 11.401,058 km² e uma densidade de 177,2 hab./km²,[63] sendo a segunda maior capital estadual no Brasil em área territorial. Ilhas, arquipélagos e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, com destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nos limites com Novo Airão, e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade.[65] Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão.
O relevo é caracterizado por planícies, baixos planaltos e terras firmes, com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica; tornam-se bastante visíveis nas proximidades dos rios. As elevações são encontradas nos limites com Roraima e Venezuela, onde encontramos as serras de Itapirapecó, Imeri, Urucuzeiro e Cupim.
Os rios que passam por Manaus são o Negro e o Solimões e, ao se encontrarem, formam o grande rio Amazonas. O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, o mais extenso rio de água negra do mundo e o segundo maior em volume de água — atrás somente do Amazonas. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica e também conecta-se com o Orinoco através do Canal do Cassiquiare. Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o Rio Branco e o rio Vaupés, que disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare, drena a região leste dos Andes na Colômbia. Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e passa a chamar-se rio Amazonas. O rio Solimões começa no Peru e, ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe o nome de Solimões. O rio Amazonas é o maior rio da Terra, tanto em volume d’água quanto em comprimento (6.992,06 km de extensão). Tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no oceano Atlântico, junto ao rio Tocantins.
Clima – Região de floresta amazônica próxima de Manaus.
O clima de Manaus é considerado tropical úmido de monções (tipo Am segundo Köppen), com temperatura média compensada anual de 26,7 °C e umidade do ar relativamente elevada durante o ano, com médias mensais entre 79% e 88%. O índice pluviométrico é elevado, em torno de 2 300 milímetros (mm) anuais, sendo março o mês de maior precipitação (335 mm) e agosto o de menor (47 mm). As estações do ano são relativamente bem definidas no que diz respeito à chuva: o inverno é relativamente seco, e o verão chuvoso. Já houve ocorrências pontuais de chuva de granizo na cidade.
Devido à proximidade da Linha do equador, o calor é constante do clima local. São inexistentes os dias de frio no inverno, e raramente massas de ar polar muito intensas no centro-sul do país e sudoeste amazônico têm algum efeito sobre a cidade, como ocorreu em agosto de 1955, mas apesar de raras, todos os anos influenciam no clima, fazendo com que a temperatura possa cair para 18 °C. A proximidade com a floresta normalmente evita extremos de calor e torna a cidade úmida.
No dia 26 de novembro de 2009, foi registrado um caso de chuva ácida em Manaus. A poluição do ar, causada em grande parte pelo acúmulo de fumaça de queimadas, associada ao dióxido de carbono emitido por carros, foi a causa deste fenômeno. Apesar de a incidência de chuva ácida ser comum em algumas capitais brasileiras onde há grande concentração de carros, em Manaus e em outras cidade do Amazonas a situação se agrava com o período prolongado de estiagem com a fumaça das queimadas.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a menor temperatura registrada em Manaus foi de 12,1 °C em 9 de julho de 1989, e a maior atingiu 39 °C em 21 de setembro de 2015. O maior acumulado de precipitação (chuva) em 24 horas foi de 180,8 mm em 8 de abril de 1967. Alguns outros grandes acumulados foram 168,3 mm em 8 de março de 1968, 155 mm em 15 de janeiro de 1996, 154,4 mm em 20 de abril de 2000, 151 mm em 20 de março de 1983 e 150,8 mm em 8 de março de 1978. O índice mais baixo de umidade relativa do ar foi registrado na tarde de em 4 de outubro de 2015, de 32%.
Meio ambiente
A vegetação da capital é densa, e tipicamente coberta pela floresta Amazônica. Com uma flora diversificada, abriga vários tipos de plantas, além da vitória-régia, uma espécie aquática ornamental. Existem plantas bem próximas umas das outras, o que torna a vegetação úmida e impenetrável. Há espécies com folhas permanentes, encarregadas de deixar a floresta com um verde intenso o ano todo. Manaus é tida como a “Capital Ambiental do Brasil”, pelo seu notável recurso natural. Cerca de 98 % dos 11.401,058 km² da área rural do município está intacta.[86] No entanto, cerca de 9,6 mil hectares de área verde, nos limites urbanos do município, estão desmatados ou em estado de degradação ambiental, correspondendo a 22% da área urbana manauense, segundo pesquisas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Toda a fauna da floresta tropical úmida presente na Amazônia também se encontra na cidade. Nas áreas rurais do município, há inúmeras espécies de plantas e pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos.
Os grandes mamíferos da água, como o Peixe-boi e o Boto, são encontrados principalmente em regiões sem muita movimentação do rio Negro, em lagos encontrados no bairro Tarumã e também em alguns reservatórios da cidade, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Algumas árvores de origem amazônica, como a Andiroba e Mafumeira (também conhecida como Sumaúma), são cultivadas em parques da cidade, como o Parque do Mindú e o Parque Estadual Sumaúma. Este último recebe este nome em razão da grande quantidade de árvores mafumeiras que possui e é atualmente um parque estadual. Répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Em algumas regiões ao longo do rio Amazonas, floresce a planta Vitória-régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.
Governo e Política
O poder executivo do município de Manaus é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários municipais, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. A contar de 1890, Manaus já possuiu 93 governantes majoritários, 76 destes nomeados e dezessete prefeitos eleitos por votação direta (voto popular). É notável ainda, o número de prefeitos que renunciaram ao cargo: ao todo, foram sete prefeitos. O prefeito atual de Manaus é Arthur Virgílio Neto, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), eleito em 1988, exercendo o cargo de 1989 até 1993, novamente eleito em 2012, exercendo o cargo de 2013 a 2017 e eleito pela terceira vez em 2016, para exercer o cargo de 2017 a 2021.
O poder legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 41 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 33 e máximo de 41 para municípios entre um milhão e cinco milhões de habitantes). O presidente atual da câmara municipal é o vereador Wilker Barreto, do Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o Orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias).
A atual lei orgânica de Manaus, que rege o município, foi promulgada em 5 de abril de 1990. O município é sede de uma comarca do Poder Judiciário do Amazonas. Por ser a capital do estado, no município também se encontram as sedes dos poderes executivo, legislativo e judiciário estaduais, sediando a Assembleia Legislativa do Amazonas, entre outros órgão amazonenses. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Manaus possuía, em janeiro de 2015, 1 249 124 eleitores, o que representa 55,864 % do eleitorado amazonense.
Economia
Manaus possui o 6º maior PIB dentre os municípios brasileiros. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014 seu Produto Interno Bruto foi de R$ 67 572 523 000,00. No mesmo ano, a renda per capita foi de R$ 33.446,76, sendo a capital com o maior PIB per capita na região Norte. A cidade possui o maior PIB entre todos os municípios do estado do Amazonas e das regiões Norte/Nordeste, e a segunda maior renda per capita entre os municípios amazonenses, superado apenas por Coari, com seus R$ 37.667,32. Manaus contribui com 77,7% do PIB estadual do Amazonas, a maior taxa de dependência verificada no Brasil, segundo o IBGE. Na atualidade, o município possui um PIB ao menos três vezes maior que antes da implantação do modelo econômico da Zona Franca.
O desenvolvimento rápido de Manaus para uma cidade de grande porte deu-se principalmente através da dispersão das indústrias na cidade, o que resulta numa grande importância deste setor para a sua economia. Apesar de o setor secundário responder por grande parte do PIB manauense, há registros de uma significativa diminuição de sua concentração nos últimos anos, haja visto o crescimento da participação econômica de outros setores, como a construção civil, ecoturismo, desporto e serviços.
Nos limites territoriais do município, está a refinaria Isaac Sabbá, pertencente à Petrobras. Possui capacidade instalada para 46 mil barris/dia. Com o nome de Companhia de Petróleo da Amazônia, a refinaria foi instalada às margens do rio Negro por Isaac Benaion Sabbá em 6 de setembro de 1956, porém a sua inauguração oficial ocorreu apenas em 3 de janeiro de 1957, tendo sido inaugurada por Juscelino Kubitschek, visando estimular a região que ainda sentia os efeitos negativos da crise da época da borracha. Em 1971, a Petrobras assumiu o controle acionário da companhia, que passou a se chamar Refinaria de Manaus (Reman) e, em 1997, renomeada para Refinaria Isaac Sabbá. Seus principais produtos e distribuídos são gás de cozinha, gasolina, querosene de aviação, diesel, óleos combustíveis, asfaltos e álcool.
Setor primário
O setor primário é o de menor expressividade na economia de Manaus, com boa parte da atividade de agricultura e agropecuária se concentrando ao longo das principais rodovias. De todo o produto interno bruto da cidade, 222 335 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2014, o município contava com cerca de 6 178 bovinos, 605 caprinos, 218 equinos, 4 899 ovinos e 3 126 suínos, 1 525 vacas foram ordenhadas, das quais foram produzidos 588 mil litros de leite. Também foram produzidos 3 000 quilos de mel-de-abelha e 48 800 mil dúzias de ovos de galinha. Na lavoura temporária, são produzidos principalmente o milho (10 toneladas), a melancia (1 000 toneladas) e a mandioca (3 360 toneladas).
Na lavoura permanente, o município destacou-se, em 2014, na produção de laranja (2 800 toneladas), banana (570 toneladas) e maracujá (490 toneladas). Foram produzidos também o mamão (426 toneladas) e o limão e coco, com 80 toneladas e 880 mil frutos, respectivamente. Na aquicultura, 1 150 150 quilos de peixes foram produzidos, com maior produção do tambaqui e matrinxã.
Setor secundário
O secundário é o segundo setor de maior contribuição para a economia do município, estando no mesmo nível de importância do setor terciário, uma vez que a diferença econômica entre os dois é relativamente pequena. Em 2013, o valor bruto da indústria a preços correntes foi de 21.051.887 mil reais.
A Zona Franca de Manaus, principal objeto econômico do setor secundário, é um dos principais centros industriais do Brasil, abrigando importantes indústrias das áreas de transportes e comunicações. Trata-se de um projeto de modelo econômico com características de isenção fiscal, implantado pelo governo brasileiro em 1967, através do Decreto-Lei nº 291, objetivando desenvolver economicamente a Amazônia – ao mesmo tempo que estimula a preservação da biodiversidade e meio ambiente – integrá-la ao resto do país e garantir a soberania nacional sobre suas fronteiras com os países Andinos. Apesar de a maioria de suas indústrias estarem sediadas em Manaus, a Zona Franca abrange também os estados do Acre, Rondônia e Roraima e, mais recentemente, o Amapá. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da Zona Franca é de 12%, enquanto nas outras regiões do país é de apenas 4%. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/PASEP e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é de 0% e o imposto de renda é 75% menor que nas demais partes do Brasil. É administrada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), uma autarquia da administração pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior criada e regulamentada pelo Decreto-lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967.
A maior parte das exportações provenientes da Zona Franca de Manaus tem como destino a Argentina, com 168.011.039 produtos sendo exportados para esse país em 2010. Venezuela, Colômbia e México são outros dos países que mais importam produtos do centro industrial. Em 2010, Índia, Hungria, Alemanha e Países Baixos foram os países fora do continente americano que mais registraram importações de produtos fabricados na Zona Franca de Manaus.
Setor terciário
A prestação de serviços rende 22 356 428 mil reais ao produto interno bruto municipal. O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do produto interno bruto do município, destacando-se principalmente na área de serviços.
Alguns centros comerciais estão estabelecidos na cidade, entre eles o Amazonas Shopping (o primeiro no município, inaugurado em 1991) e o Shopping Ponta Negra. Há um total de 10 shoppings centers em Manaus, sendo que os três maiores da Região Norte estão localizados na cidade, sendo eles o Shopping Manaus Via Norte, o Manauara Shopping e o Sumaúma Park Shopping. Outros shoppings centers são o Millenium Shopping Mall, Manaus Plaza Shopping, Shopping Cidade Leste Uai Shopping São José e Studio 5 Festival Mall, que possuem, juntos, 271.542 m² de área bruta locável.
O comércio também é realizado em espaços populares, como mercados e feiras, que são administradas pela Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (SEMPAB) – denominada Secretaria Municipal de Mercados e Feiras até 2009. O Departamento de Comércio Informal (DECIN), da prefeitura, é a organização que trata da supervisão e controle do comércio informal no município, de acordo com a Lei n° 674 de 2002. Um total de 7 084 vendedores ambulantes possuem cadastro na prefeitura da cidade, com a maioria deles atuando no Centro, na Praia da Ponta Negra e nos cinco terminais de ônibus. Conforme dados da Secretaria de Produção e Abastecimento, Manaus possui 34 feiras, 8 mercados populares e 2 feiras volantes. As principais feiras na cidade são a Feira do Produtor, da Panair, do Mutirão, da Banana, do Coroado, da Manaus-Moderna e da Compensa
Turismo
O município é o maior destino de turistas na Amazônia e foi o 8º destino brasileiro mais visitado pelos estrangeiros em 2013. Há um significativo número de hotéis de selva em sua região metropolitana, que funcionam também como atrativos turísticos. Uma das principais atrações turísticas é o Teatro Amazonas, símbolo arquitetônico e cultural datado de 1896 – época áurea da borracha – e Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas.
A região recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009. Em 2010, em uma pesquisa feita entre os visitantes, o turismo foi avaliado como satisfatório por 92,4% dos turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.
Durante todo o ano, recebe grandes quantidades de navios de cruzeiro, pois há acesso para transatlânticos através do rio Amazonas. As visitas de cruzeiros à cidade ocorrem por temporadas, em geral, entre os meses de outubro e abril de cada ano. Em média, Manaus recebe 23 navios por temporada. Os europeus são os que mais visitam a cidade pelos navios de cruzeiro, com destaque aos alemães. Os norte-americanos também respondem por uma parcela significativa dos turistas de navios de cruzeiro. O ecoturismo, também chamado de turismo de natureza, é notadamente explorado. Entre as atrações naturais da cidade, destacam-se: O Encontro das Águas, um fenômeno natural causado pelo encontro das águas barrentas do rio Solimões com as águas escuras do rio Negro, as quais percorrem cerca de seis quilômetros sem se misturarem. Esse fenômeno acontece em decorrência da temperatura e densidade das àguas, e, ainda a velocidade de suas correntezas; Praia da Ponta Negra, uma praia fluvial às margens do rio Negro, localizada a 13 km do Centro. Apresenta-se em melhores condições durante a vazante do rio no mês de setembro; Praia da Lua, localizada à margem esquerda do rio Negro, distante 23 quilômetros de Manaus por via fluvial. Tem o formato de uma lua em quarto crescente e uma vegetação de rara beleza natural com uma extensão de areia branca e banhada pelas águas negras do rio Negro, límpidas; Praia do Tupé, situada a 23 quilômetros da cidade, envolta pelo rio Negro; Praia Dourada, na zona rural de Manaus, distante 20 quilômetros do centro da cidade, sendo banhada pelo igarapé do Tarumã e o rio Negro; e a Cachoeira do Paricatuba, situada na margem direita do rio Negro, num pequeno afluente. A cachoeira é formada por rochas sedimentares e cercada por vegetação abundante e o acesso é feito por via fluvial.
Cultura e sociedade
O setor de cultura de Manaus é administrado pela Fundação de Cultura, Turismo e Eventos (ManausCult), que passou a ser a organização oficial de regulamentação da cultura no município através da Lei nº 25 de 31 de julho de 2013. As ações da ManausCult são voltadas para a coordenação, planejamento e promoção da política cultural manauense, sendo esta responsável pela administração direta do patrimônio histórico, artístico e arqueológico do município de Manaus. A ManausCult possui, entre suas subordinações, o Conselho Municipal de Cultura, Conselho Gestor do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e o Centro de Atendimento ao Turista (CAT).
Os aspectos históricos e geográficos contribuem em boa parte para a formação cultural de sua população. A presença dos indígenas – povos nativos da região – pode ser verificada em muitos dos costumes locais, como a culinária, a linguagem e o artesanato. O domínio europeu também é verificado, precisamente em sua arquitetura, bem como a influência de povos de outras partes do Brasil, como os nordestinos, onde sua marca dá-se notadamente na música, com ritmos como o forró. A partir do fim do século XIX e início do século XX, quando a cidade viveu o apogeu da borracha, muitos de seus edifícios culturais vistos hoje foram construídos, entre eles o Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça, principais representações deste período da história da cidade. Manaus sediou a 1ª Feira Mundial de Artesanato, em 2012, e a 2ª Feira Mundial de Artesanato, em 2013, uma iniciativa de produção e exposição do artesanato cultural de 16 países.
Museus e bibliotecas – Museu de Ciências Naturais da Amazônia: um dos marcos da imigração japonesa no Amazonas.
Diversos museus são encontrados na cidade, entre eles o Museu do Índio (com três mil peças e utensílios de grupos indígenas da Amazônia), Museu do Homem do Norte (hoje em dia fechado, o museu apresentava o estilo de vida dos habitantes desta região do país), Museu Amazônico (dedicado à pesquisa da Amazônia e suas culturas), Museu de Ciências Naturais da Amazônia (com exposição de animais e espécies de peixes da floresta amazônica empalhados), Museu de Numismática do Amazonas (com exposição de coleções de moedas, cédulas e documentos históricos), Museu do Porto (dedicado à história da navegação e comércio no período da borracha), Museu Tiradentes (dedicado à história da Polícia Militar do Amazonas), Museu de Imagem e do Som do Amazonas (dedicado ao cinema), Pinacoteca do Estado do Amazonas (com um acervo de mil obras de artistas brasileiros e estrangeiros dos séculos XIX e XX), além de outros museus.[313][314] Todas as obras e exposições existentes nos museus foram adquiridas primeiramente pelo poder público, com exceção das exibidas no Museu de Numismática do Amazonas, que foi adquirida através do acervo pessoal do do humanista pernambucano Cícero Peregrino Dias, e comprada pelo Governo do Amazonas em 1899, através da Lei nº 296.
A Biblioteca Pública Estadual do Amazonas, a maior do estado, está sediada em Manaus, com mais de 80.000 títulos de obras, sendo que algumas datam do século XVII. Foi fundada em 1870 e reformada entre 2007 e 2012. A Biblioteca do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) também é uma das principais, com obras dedicadas aos períodos da história da Amazônia. Existem ainda outras bibliotecas, como a Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista, a do Museu Amazônico, do Parque Municipal do Mindu, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e a Biblioteca Arthur César Ferreira Reis.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manaus
http://viagem.estadao.com.br/noticias/geral,guia-basico-de-manaus-para-agucar-os-sentidos,1633488
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arena_da_Amaz%C3%B4nia
http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/conheca-os-locais-que-receberao-fan-fests-nas-12-cidades-sede-da-copa-do-mundo