Da redação do Sports Manaus, com informações – Escrito por Lance! – Publicada em 23/11/2023 – 01:09 • Rio de Janeiro (RJ)
Fernando Diniz ainda criticou o que considera “soluções simples para problemas complexos”
Foto: Lucas Merçon / Fluminense FC
Vaiado em um dia, aplaudido no outro. Em 24 horas, Fernando Diniz viveu os dois extremos da carreira de técnico de futebol no Brasil, primeiro com a Seleção Brasileira, na derrota para a Argentina por 1 a 0, e depois pelo Fluminense, na vitória também por 1 a 0 diante do São Paulo. Na entrevista coletiva pós-jogo, o técnico analisou as reações nos dois dias.
– Eu tive uma vida inteira sofrendo como jogador para saber lidar com essas coisas. Eu acolho bem as duas coisas porque entendo o torcedor. Obviamente são situações diferentes. Minha relação com o Fluminense sempre foi boa e vive um momento de apogeu, de glória, pela conquista da Libertadores, um título inédito para o clube. Só aumenta a conexão que eu tenho com a torcida tricolor – iniciou.
– Com relação às vaias, entendo. Eu sei como é no Brasil. Estando no cargo de treinador da Seleção, quando não ganha, e vindo de derrota como vínhamos, é uma reação emocional esperada do torcedor, embora o time tenha jogado bem ontem e merecido uma sorte melhor. Era para termos vencido o jogo de ontem (diante da Argentina). É se fortalecer e procurar melhorar, tanto aqui (Fluminense) quanto lá (Seleção Brasileira) – seguiu o treinador.
Ainda “entre o céu e o inferno”, Diniz comparou os rendimentos das duas equipes que comanda. Para o técnico, a Seleção Brasileira jogou melhor que o próprio Fluminense, levando em consideração o que o treinador pede para os atletas. O treinador ainda listou alguns motivos que fazem o trabalho na Seleção ainda não ter engrenado como no Fluminense.
– Ontem aconteceu muita coisa orgânica. Se comparar o Fluminense com a Seleção, daquilo que o treinador pede e é executado, eles (Brasil) executaram de forma muito mais plena do que hoje (Fluminense). O que acontece na Seleção é que está tendo um pouco de oscilação, que é normal por vários fatores. Por eles estarem me conhecendo agora, por ter que mudar muito as convocações e os jogadores se ambientando. Tem a questão da própria perda da Copa do Mundo, um processo de luto que vamos lutando para recuperar a confiança. E ontem o resultado negou o que aconteceu no jogo.
Por fim, o técnico fez um desabafo sobre aquilo que considera “análises cegas”. Fernando DIniz afirmou que a imprensa gosta de sugerir “soluções simples para problemas complexos”, em reclamação sobre as críticas que recebeu sobre as escalações e substituições que costuma aplicar tanto no Fluminense como na Seleção.
– Faz 14 anos que faço coisas parecidas. Vocês costumam dar soluções fáceis para problemas complexos. Contra o Olímpia, jogamos com Ganso de segundo volante e foi tudo bem. No jogo contra o Internacional aqui, estávamos jogando melhor, tivemos um jogador expulso, e a crítica era que o time estava desguarnecido porque estava jogando dessa forma. Parece que fica esperando acontecer alguma coisa para voltar na mesma crítica. Se a crítica tem fundamento, precisa insistir nela. É muito ruim esperar o resultado para encaixar no que vocês pensam.