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Campeão catarinense de 1992, o Brusque Futebol Clube está prestes a conquistar o título mais importante em 32 anos de história. Depois de empatar no primeiro jogo da final do Brasileiro da Série D em 2 a 2 com Manaus, o Bruscão joga a partida de volta, neste domingo, 18/8, na Arena da Amazônia, palco da Copa do Mundo de 2014. Um simples empate a decisão será decidido na cobrança de penalidades, mas o vencedor no tempo normal leva o título histórico da Série D.
Há 11 anos no cargo, o presidente do Brusque, Danilo José Rezini, 65 anos, disse ao SportsManaus, que o clube vive um momento jamais visto antes em toda sua existência, pois é algo único e que ficará marcado para sempre.
– É um momento inédito e histórico na vida do clube, já fomos campeões catarinense em 1992, mas esse momento é o maior, o ápice onde o clube pode chegar, porque além de subir para Série C que era um sonho antigo, mas disputar uma final da Série D, é realmente um inesquecível. Está valendo a pena lutar para viver esses momentos felizes, de alegria e vitórias – completou,
Sobre as chances do Brusque de jogar a final da Série D fora de casa, o dirigente acredita no potencial de sua equipe, mas lamentou o empate no primeiro jogo, pois sabe que a torcida amazonense deve lotar o estádio no domingo.
– Fizemos o primeiro tempo em Brusque, onde precisaríamos ter saído com uma certa vantagem, a partida estava muito equilibrada, onde o Brusque colocou 2 a 0 na frente, mas o Manaus conseguiu o empate. Tenho certeza, que são as duas melhores equipes e ambas tem condições de ser campeão. Jogando na Arena da Amazônia com 45 mil pessoas se torna bem mais difícil, mas de qualquer maneira futebol é 90 minutos dentro de campo e como são duas equipes extremamente equilibradas qualquer um pode levantar a taça.
Além da motivação natural pela conquista do título, o dirigente do Quadricolor promete uma premiação extra para jogadores e comissão técnica de sair da capital amazonense com o feito histórico da Série D, em plena Arena da Amazônia
– Temos elaborado uma premiação no início da competição, já sentamos e conversamos. Tivemos contato com alguns patrocinadores no sentido de ajudar na premiação, caso chegássemos ao título e o acesso à Série D. Os jogadores são sabedores do que tem direito em que foi prometido e certamente vamos cumprir. A primeira parte já cumprimos, que era o acesso à Série C e está tudo ok. Agora a segunda é o título, se eles forem campeões a diretoria com os patrocinadores faremos a nossa parte.
Quando soube da atitude dos dirigentes do Manaus em vender rifas nas ruas, Danilo Rezini, afirmou que as dificuldades financeiras do Brusque não é diferente do time amazonense. Segundo ele, é preciso se desdobrar para garantir os compromissos que o clube tem na disputa da Série D.
– As dificuldades que o Manaus tem são as mesmas que temos aqui. Nós também tivemos que fazer algumas promoções, temos alguns patrocinadores, entre eles o máster Havan. Além disso, tem mais seis ou oito empresas top da cidade, mas as dificuldades são as mesmas. O que temos de patrocínio fica a quem das necessidades e estamos sempre com a caixa no vermelho, mas correndo atrás para pagar as contas e cumprindo com as nossas obrigações – disse, mas sempre acreditou que o time poderia chegar bem longe na Série D.
– Na verdade quando se monta uma equipe e participa de uma competição, evidentemente que todos os clubes procuram fazer o melhor e de chegar em primeiro lugar. O Brusque não é diferente, mas é claro sabemos das nossas limitações, pois somos uma equipe que ainda estamos buscando espaço em Santa Catarina, mas principalmente no Brasil. Nós não esperávamos chegar na final, mas é um momento único, sendo Brusque ou Manaus, para mim foram as duas melhores equipes da competição – explicou.